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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Os Cinco Pilares Da Culinária Japonesa

O poder do cinco – Os Cinco Pilares Da Culinária Japonesa
 
O número cinco tem uma grande importância na cultura japonesa, se estendendo inclusive à sua rica e tradicional culinária tradicional. Alguns dos seus conceitos básicos estão em vigor há séculos e quando temos a oportunidade de conhecer o “Poder do Cinco”, assim como os seus “Cinco Pilares”, temos a chance de experimentar o melhor que a gastronomia Japonesa pode nos oferecer.
 
1. Os Cinco Sentidos
 
O alimento deve ser apreciado através de todos os cinco sentidos. O paladar e olfato são muito importantes, mas na gastronomia japonesa, a visão também exerce um papel fundamental. Os utensílios utilizados, a apresentação da comida e a forma como ela é servida faz parte do ritual gastronômico japonês, instigando o paladar e aumentando o prazer na hora da degustação.
 
O tato também é importante, não só a textura do alimento em si, mas também para a louça, que precisa ter uma textura adequada ao toque das mãos. E, por fim a audição, que deve estar atenta ao orquestrado som promovido pelos alimentos sendo saboreados ou até mesmo preparados. Por este motivo constatamos que a culinária japonesa tem o dom de testar nossos cinco sentidos.
 
2. As Cinco Cores
 
Na culinária japonesa, percebemos a prevalência de cinco cores – branco, preto, vermelho, verde e amarelo. Essas cinco cores tem influência do budismo e pode ser visto nas arquiteturas dos templos, cerâmicas e artes. Segundo os japoneses, ao incluir estas cinco cores em cada refeição estaremos aumentando seu valor nutricional além de favorecer o prazer visual de cada prato.
 
Em um obentô comum, por exemplo, podemos ver o arroz branco coberto com sementes pretas de gergelim e um umeboshi vermelho, além de uma porção amarela de tamagoyaki (omelete japonesa) e legumes e vegetais verdes. Esta consciência sobre a importância das cores dos alimentos nos ajudam a ter uma refeição equilibrada, com vitaminas e minerais adequadas ao nosso organismo.
 
3. Os Cinco Sabores
 
Salgado, doce, azedo, amargo e … umami. Sim, além dos quatro sabores básicos que conhecemos bem, temos ainda o Umami, o quinto sabor do nosso paladar. Umami vem da palavra japonesa umai, que significa delicioso e se refere aos alimentos que contem glutamato tais como carnes, peixes, laticínios e legumes. Este “novo” sabor foi descoberto pelo cientista Kikunae Ikeda no início do século 20.
O Umami (旨味) possui um gosto residual suave mas duradouro. Na verdade trata-se de um sabor difícil de descrever. Ele induz a salivação e uma sensação aveludada na língua; pode estimular a garganta, o palato e a parte de trás da boca. Sozinho, o Umami não é saboroso, mas torna agradável uma grande variedade de alimentos, especialmente na presença de um aroma correspondente.
 
4. As Cinco Maneiras
 
A preparação dos pratos também é importante, e aqui, também existem cinco métodos: cru, cozido, frito, cozido no vapor e assados ​​ou grelhados. A culinária Kaiseki faz uso destas várias formas de preparação, que quando somadas fazem com que experiência gastronômicas se torne completa.
 
Neste tipo de refeição, podemos experimentar alimentos de diferentes sabores e texturas, incluindo alimentos crus como sashimi e sopas como misoshiru ou tonjiru. Também experimentamos algo mais substancial como o tempurá com sua textura crocante, seguido de algum tipo de peixe ou carne grelhada. Temos também o tradicional arroz branco, o tsukemono e legumes cozidos no vapor.
 
5. As Cinco Atitudes
 
Na doutrina budista, observamos a prevalência de cinco atitudes básicas durante a degustação de uma refeição, sendo observadas especialmente em relação à culinária vegetariana servida nos templos. Foram criadas por Soei Yoneda, autor do livro “Good Food from a Japanese Temple”, e foram transformadas em uma prece de gratidão antes da partilha de alimentos nos templos Zen Budistas.
 
1 – Eu reflito sobre o trabalho realizado até esta comida chegar a mim;
2 – Eu reflito sobre minhas imperfeições, sobre se eu sou merecedor desta refeição.
3 – Que a minha mente esteja livre do egoísmo e da ganância ao saborear esta refeição.
4 – Eu reflito que este alimento é um remédio eficaz para manter a saúde do meu corpo.
5 – Eu aceito este alimento para que eu possa cumprir a minha tarefa de iluminação.
 
Fonte: Savory Japan
 

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Alguns detalhes que fazem a diferença num restaurante japonês

Conhecer um novo restaurante onde poderei virar cliente é sempre muito interessante para mim. Às vezes passo em frente a alguns e observo apenas pela fachada que pode ser um bom lugar para se conhecer. Com o Hisako Sushi não foi diferente. Ele foi inaugurado há algum tempo, eu diria um ano mais ou menos, mas como eu frequentava outro lugar acaba resistindo em conhecê-lo.
 
Mas uma hora dá um estalo na gente e dizemos ''vamos ver vai'' e foi então que me surpreendi. A decoração é similar aos restaurantes que já conhecemos, porém o cardápio, ah esse tinha coisas que não eram servidas nos nosso velhos conhecidos.
 
O frango empanado, o camarão empanado (muito bom), lula e iscas empanadas que só de olhar dá água na boca...
 
E como eu não poderia deixar de falar, o combinado e o prato de sashimi que veio no capricho simplesmente fecham com chave de ouro este lugar que é meu preferido do momento!

Camarões empanados


Lula e mais camarões empanados


Combinado


 Prato de Sashimi no capricho


Hisako Sushi
Av. Paes de Barros, 2226 - Parque da Mooca, São Paulo 

Preços de hoje: 20/09/2017
Segunda à quinta: 45,90
Sábado, domingos e feriados 58,90

Crianças até 4 anos não pagam
De 5 a 9 anos pagam meia
acima de 10 pagam valor integral
 

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Itens da culinária japoneza

Quando você vai pela primeira vez em um restaurante japonês, você ouve diversas palavras, muitas delas ditas pelo próprio garçom no atendimento.

Segue abaixo algumas delas.

Aburague: fatias finas de tofu frito usadas em missô-shiru e alguns pratos cozidos.

Azuki: tipo de feijão de grãos miúdos, de cor marrom-avermelhada, cozido com arroz ou usado para rechear doces. É fonte de fósforo, ferro, cálcio e vitaminas do complexo B..

Cha (“tchá”): é uma infusão da planta Camellia sinensis, que possui ação bactericida e antioxidante. Há vários tipos desse chá; o mais comum, e em geral servido nos restaurantes, é o banchá, feito das folhas secas.

Chawan: tigela própria para servir gohan ou udon.

Daikon: nabo comprido, de polpa macia e suculenta, usado cru ou cozido em uma grande variedade de pratos.

Dashi: caldo de pescado, em pó, líquido ou granulado, bastante usado como ingrediente.

Donburi: é como se chama a tigela de arroz com carne, peixe, vegetais ou outros ingredientes.

Gobo: bardana, uma espécie de raiz.

Gohan: arroz cozido, úmido e “grudadinho”. É a base do cardápio japonês e também um alimento de importante significado para a cultura nipônica. Os grãos são de uma variedade especial, o nihon mai, que precisa ser plantada em charcos, com muita água. Hoje em dia, podem ser encontradas algumas marcas desse arroz em supermercados brasileiros, nos tipos sasanishiki e koshihikari.

Gyoza: pasteizinhos de massa fina com recheio de carne, porco ou vegetais. Podem ser feitos no vapor ou fritos e costumam vir com um molho picante e bem líquido à parte.

Gyūdon: prato bastante popular, à base de arroz com lascas de carne de vaca temperada e fatiada por cima; é servido em tigela.

Hakussai: um tipo de acelga, de folhas grandes, compactadas, de sabor suave, fibras macias; muito utilizada na cozinha japonesa.

Harusame: macarrão à base de amido de feijão; é bem fino, quase transparente; usado geralmente em pratos preparados à mesa ou pratos temperados à base de vinagre.

Hashis: são os talheres da cozinha oriental. Existem hashis de bambu, de metal e até de marfim, mas os de madeira são os que geralmente oferecem nos restaurantes, por serem descartáveis.

Kaiso: nome que se dá às algas, um ingrediente importante da dieta japonesa, por ser muito rica em minerais; as espécies mais conhecidas são: nori, wakame e kombu.

Mirin: um tipo de vinho de arroz de sabor adocicado, usado para temperar grelhados, cozidos, caldos e molhos.

Misso (missô): pasta preparada à base de soja fermentada; é usada par temperar missô-shiru, molhos, conservas, grelhados, frituras e pratos preparados à mesa.

Misso shiru: caldo feito à base de misso, caldo de peixe, cebolinha e tofu.

Misso tare: molho de pasta de soja, geralmente servido com empanados.

Moyashi: são brotos de um tipo de feijão rico em fibras e vitamina C; é servido cru, em saladas regadas com molho shoyu, ou cozido, com carnes e legumes.

Nirá: um tipo de cebolinha, mais fina e achatada.

Oshibori: é uma toalha de mão, úmida, oferecida aos clientes para limpar as mãos antes de comer; é dada fria no verão e quente no inverno.

Renkon: raiz de lótus, planta aquática rica em vitamina C e amido, bastante usada como ingrediente de pratos ou petisco à mesa.

Sake (“saquê”): é a bebida alcoólica tradicional da culinária japonesa, fabricada pela fermentação do arroz; é servida em geral bem quente, para que o aroma se desprenda, e tomada em pequenos goles, em potes quadrados chamados masu.

Sashimi: prato típico japonês, composto por fatias de diferentes tipos de peixes crus, sempre frescos, cortadas de maneira especial e dispostas de forma criativa. Os mais populares tipos de sashimi são: maguro (atum), ika (lula), tako (polvo), ebi (camarão) e sake (salmão).

Shiitake: um tipo de cogumelo, marrom-escuro, usado fresco em sopas, pratos cozidos no vapor e pratos preparados à mesa; o shiitake seco, de sabor e aroma mais acentuados, é usado no arroz e como acompanhamento.

Shimeji: um tipo de cogumelo, marrom claro e manchado de branco, o caule ou a estipe (estrutura semelhante a um caule que suporta o píleo de um cogumelo) é grosso e atinge até 8 cm de comprimento. Seu sabor é descrito como ao das nozes e é suave, sua textura é firme. Tem crescimento lento e requer cerca de 100 dias até a sua colheita.

Shoga: é o gengibre, raiz de efeito antiinflamatório e bactericida; é consumido em conserva (shoga gari) ou como acompanhamento de sashimi.

Shoyu: molho utilizado amplamente na culinária japonesa; é obtido da fermentação da soja e trigo misturados em partes iguais; tem sabor e aroma intensos. Há duas versões, a normal e a light (eu prefiro essa, é menos salgada e você não fica bebendo água a tarde inteira...)

Sushi: por certo o prato mais popular da culinária japonesa, é uma combinação de arroz com pescados crus. Há vários tipos de sushis, que recebem nomes diferentes, de acordo com seu formato e recheio, como: niguiri, uramaki, temaki e chirashi.

Sukiyaki: prato forte, bastante apreciado, feito à base de macarrão, carne de vaca finamente fatiada, ovo e vegetais fervidos num molho especial feito de caldo de peixe, molho de soja, açúcar e saquê.

Takenoko: broto de bambu, ingrediente de diversos pratos da culinária japonesa.

Teishoku: refeição tradicional, similar ao brasileiro “prato feito”; é composta por diversas porções, em geral com três itens fixos: gohan, misso shiru e tsukemono.

Tempurá: pedaços fritos de vegetais ou mariscos envoltos em uma massa leve e crocante; é um dos pratos mais conhecidos, talvez o primeiro a ser apreciado pelos brasileiros.

Teriyaki: um tipo de churrasco oriental de peixe, carne, frango, porco ou vegetais com molho de soja levemente adocicado.

Tofu: queijo de soja, rico em proteínas, minerais e vitaminas; é usado em diversos pratos, principalmente em sopas.

Tosa shoyu: um tipo de molho que às vezes acompanha o sashimi.

Tsukemono: significa conserva, um preparo bastante comum na culinária japonesa, que pode ser feito com diversos ingredientes.

Udon: o mesmo que sopa. O udon básico é um caldo quente feito à base de dashi, shoyu e mirin, onde são acrescentados um ou mais ingredientes, e estes ingredientes dão origem a vários tipos de udon.

Yakissoba: prato composto por macarrão frito, carne, peixe, frango e legumes.

Wasabi: um dos principais temperos da culinária japonesa; em forma de pasta, costuma ser utilizado à mesa, como condimento; tem sabor picante e forte como a pimenta.
 

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